Já implementamos as camadas de câmera pass-through (de visão direta) e visual. Agora, estamos entusiasmados em apresentar nosso próprio Sistema de Visão Sintética.

Um modelo 3D na sua tela

O Sistema de Visão Sintética substitui o horizonte artificial padrão por um modelo 3D dinâmico do terreno ao redor. Esse sistema foi projetado para melhorar significativamente a percepção situacional do piloto em condições desafiadoras, como baixa visibilidade ou voo sobre terrenos acidentados.

Como funciona:

• Terreno 3D: o sistema processa uma grande quantidade de dados topográficos para gerar, em tempo real, uma visualização 3D do relevo diretamente no Display de voo primário (PFD).
• Codificação por cores intuitiva: para tornar a exibição facilmente compreensível, o terreno é codificado por cores de acordo com sua altitude em relação à aeronave. O terreno acima da sua posição é destacado em âmbar ou vermelho (dependendo do nível de risco), enquanto o terreno abaixo é exibido em cinza. Ainda estamos ajustando os esquemas de cores para encontrar o equilíbrio ideal entre clareza e informação.
• Auxílio à consciência situacional: seu principal objetivo é garantir que o piloto mantenha total percepção do ambiente ao redor em todos os momentos. É um recurso valioso para voos sob regras de voo visual (VFR), mas não é uma substituição certificada para navegação sob regras de voo por instrumentos (IFR).

Os dados por trás da tela

Um sistema como este é tão bom quanto os dados que o alimentam. Atualmente, estamos utilizando conjuntos de dados públicos de alta qualidade, incluindo o Copernicus, da Agência Espacial Europeia (ESA), e a Missão de Topografia por Radar do Ônibus Espacial dos Estados Unidos.

No entanto, nosso objetivo final é integrar um conjunto de dados global totalmente certificado. Planejamos migrar para um provedor como a Jeppesen, o que nos permitirá acessar dados contínuos e verificados, sem lacunas nem áreas sem cobertura. Isso garantirá que o sistema seja confiável em qualquer lugar do mundo.

Adição de obstáculos e muito mais

O terreno é apenas o começo. A próxima fase importante de desenvolvimento do Synthetic Vision System (SVS) será incluir camadas com dados essenciais de obstáculos: torres, edifícios, linhas e cabos de energia.

Diferente do terreno, que é relativamente estático, os obstáculos apresentam grande variação em formato e tamanho. Estamos projetando cuidadosamente um pipeline de dados não apenas para renderizar esses objetos com precisão, mas também para gerenciar a obsolescência das informações, assegurando que o que aparece no cockpit corresponda ao mundo real.

Cada detalhe, desde uma nova torre de rádio até um edifício desativado, deve ser tratado com precisão.

Desempenho no hardware de destino

Conseguimos portar o sistema com sucesso para o hardware de destino, e os resultados são muito positivos. O SVS, combinado com os instrumentos do display de voo primário, opera de forma fluida a 50 quadros por segundo.

O sistema utiliza uma abordagem de nível de detalhe (LOD), renderizando o terreno próximo em alta resolução e reduzindo gradualmente o nível de detalhe para os elementos no horizonte.

Além disso, ainda temos uma ampla margem de processamento disponível, o que nos garante capacidade suficiente para recursos e expansões futuras.